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Eterna Aurea [GLD-C1]
(Imperial Cutter)
 
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Ship's Log 3 - Aurea

January 18, 3309

Today, amidst the whirlwind of demands and endless requests at Adams Landing station, I experienced a moment that unexpectedly awakened long-buried memories. While unloading supplies from another system, my attention was drawn to a simple yet profound scene: a mother, visibly exhausted, carefully organizing her modest portion of food. Beside her stood a boy, no older than eight, gazing at my ship, the Aurea, as if it were a living legend. His eyes sparkled with wonder, and his smile seemed to be a flicker of hope amidst the chaos.

The brightness in his eyes caught me off guard. Before I could say anything, he asked with pure curiosity: "Is she fast?"

The question disarmed me, as if the weight of the galaxy had momentarily lifted. I responded with a smile: "She’s more than fast... she’s free."

The boy continued to watch me as I lowered the access ramp to the ship. I invited him to come aboard. His mother hesitated but eventually allowed it, perhaps realizing how rare it was to see such joy on his face. He ran up the ramp, bursting with energy and exploring the interior with the relentless curiosity of someone unbroken by the world.

As he pressed buttons and fired off endless questions, I found myself transported back in time to when I first set foot on my own ship. It was an old Adder, worn and battered by years of service, but to me, it was the pinnacle of freedom. I was the same age as this boy when my mother, Áurea, would take me to the rooftop of our tiny apartment. At night, she would point to the stars and say: "The stars are the future, my son. No matter how small your beginning, the universe is vast enough for any dream."

The memory of her washed over me like a wave. I could almost feel her hands—calloused from hard work yet always gentle and steady. Her voice, firm yet tender, echoed in my mind like a song I’d never forgotten: "You’re strong, Dheric. Never let anyone convince you otherwise."

As the boy explored the cockpit, my eyes landed on the small terrestrial globe that sat on the Aurea’s console. A relic of the past, weathered by time, but priceless to me. It was my mother’s gift, a constant reminder of where it all began and how far I’ve come. I picked up the globe, feeling its imperfections, every detail carrying a fragment of my history.

"Is that from someone special?" the boy asked, pointing to the object.

I nodded, allowing a nostalgic smile to cross my face. "Yes, from someone very special."

"Was she beautiful?" he asked, his question simple and innocent, as only a child’s could be.

I was taken aback by the question but couldn’t help smiling as I drifted into my memories. "Not as beautiful as this one," I said, gently tapping the console of the Aurea, "but she had something special. She gave me a beginning, and sometimes, that’s all you need."

A short while later, the boy climbed down from the ship, his hand firmly holding his mother’s. Before leaving, he turned back and said with unwavering determination in his eyes: "One day, I’ll have a ship like this."

I chuckled softly, but his words lit a spark of hope within me. I replied with sincerity: "I believe you will. And when that day comes, fly high."

As I watched them disappear into the crowd, the quiet of the ship enveloped me like an old friend. I held the small terrestrial globe again, letting the memories wash over me. Each ridge, each imperfection, reminded me of my roots, of the hands that shaped my future, and the courage that brought me here.

Today, in that fleeting encounter, I realized that my fight isn’t just against tyrants, oppressive systems, or marauders. It’s for moments like this—for the chance to keep the flame of hope alive, even in the darkest places.

The stars may seem cold and distant, but in moments like these, I understand: we carry their warmth within us.

End of log.

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Diário de Bordo – 17 de janeiro de 3309

Hoje, em meio ao turbilhão de necessidades e pedidos incessantes na estação Adams Landing, vivi um momento inesperado que trouxe à tona memórias há muito adormecidas. Enquanto descarregava os suprimentos trazidos de outro sistema, meus olhos foram atraídos para uma cena simples, mas poderosa: uma mãe, com expressão cansada, organizava cuidadosamente sua pequena parcela de comida. Ao lado dela, um garoto, não mais que oito anos, observava minha nave, a Aurea, com olhos brilhantes e um sorriso que parecia uma faísca de esperança no caos.

O brilho nos olhos dele me desconcertou, e antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ele perguntou com curiosidade genuína: "Ela é rápida?"

A pergunta me desarmou, como se o peso do mundo tivesse se dissipado por um instante. Respondi com um sorriso: "Ela é mais do que rápida... ela é livre."

O garoto continuou me observando, fascinado, enquanto eu abaixava a rampa de acesso da nave. Sua mãe hesitou quando o convidei a subir, mas cedeu, talvez percebendo que aquele momento de alegria era raro demais para negar. Ele correu para dentro da nave com a energia e a curiosidade que só uma criança pode ter, explorando cada canto com olhos curiosos e tocando tudo com mãos pequenas e inquietas.

Enquanto ele apertava botões e fazia perguntas incessantes, fui transportado para o passado, lembrando-me da primeira vez que entrei em minha própria nave. Era uma velha Adder, desgastada pelo tempo e pelas batalhas, mas para mim, ela era um símbolo de liberdade absoluta. Eu tinha a mesma idade daquele garoto quando minha mãe, Áurea, me levava para o terraço de nosso pequeno apartamento. À noite, ela apontava para as estrelas e dizia: "As estrelas são o futuro, meu filho. Não importa o quão pequeno seja o seu começo, o universo é vasto o suficiente para qualquer sonho."

A lembrança dela me atingiu como uma onda. Vi suas mãos em minha mente—calejadas pelo trabalho árduo, mas sempre gentis e firmes. Sua voz, firme mas carinhosa, ecoava em meus pensamentos como uma canção que nunca esqueci: "Você é forte, Dheric. Nunca deixe ninguém te convencer do contrário."

Enquanto o garoto explorava o cockpit, meus olhos pousaram no pequeno globo terrestre que repousa no painel da Aurea. Um artefato antigo, desgastado pelo tempo, mas de valor incalculável. Era o presente de minha mãe, um lembrete constante de onde tudo começou e do quão longe eu cheguei. Peguei o globo em minhas mãos, sentindo suas imperfeições, cada detalhe carregado de memórias.

"É de alguém especial?" perguntou o garoto, apontando para o objeto.

Assenti, permitindo que um sorriso nostálgico escapasse. "Sim, é de alguém muito especial."

"Ela era bonita?" ele perguntou, com a simplicidade inocente de uma criança.

Fiquei surpreso com a pergunta, mas não pude deixar de sorrir enquanto me perdia em minhas memórias. "Não tanto quanto esta aqui," disse, dando uma leve batida no console da Aurea, "mas ela tinha algo especial. Ela me deu um começo, e às vezes, é só disso que você precisa."

Pouco depois, o garoto desceu da nave, segurando firme a mão de sua mãe. Antes de ir, ele se virou e disse com um brilho determinado nos olhos: "Um dia, vou ter uma nave como essa."

Eu ri suavemente, mas senti meu coração aquecer com a esperança que aquelas palavras carregavam. Respondi, com sinceridade: "Eu acredito em você. E quando isso acontecer, voe alto."

Enquanto os via desaparecer na multidão, o silêncio dentro da nave me acolheu como um velho amigo. Segurei o pequeno globo terrestre, deixando que minhas lembranças fluíssem. Cada ranhura e imperfeição me lembrava das minhas raízes, das mãos que moldaram meu futuro e da coragem que me trouxe até aqui.

Hoje, naquele breve encontro, entendi que minha luta não é apenas contra tiranos, sistemas opressivos ou saqueadores. É por momentos como este, pela chance de manter viva a chama da esperança, mesmo nos lugares mais escuros.

As estrelas podem parecer frias e distantes, mas em momentos como este, percebo que carregamos o calor delas dentro de nós.

Fim do registro.

Diário de Bordo 2 - Áurea

Date: January 17, 3309

Today, I arrived in the G 109-55 system and docked at Adams Landing. The sight that greeted me was one of humanity's raw and desperate needs. Although I was warmly received, the demands were overwhelming. Requests for food, clothing, and measures to quell the civil unrest flooded in. The unrest, as I quickly learned, stemmed from a tyrant—Sarn Valtheron, a manipulative leader of an expanding faction known for spreading famine and inciting uprisings through fiery speeches.

Valtheron's words, laced with conspiracy and division, had poisoned the hearts of many. His rhetoric painted the world in stark contrasts: "us versus them." Some citizens simply longed to live in peace, while others, enraged and fueled by his venom, sought conflict to "settle the score" with their own government, whom they now believed was stealing from them.

The day was taxing. Alongside Commander Lumiel, I faced off against mercenaries—soulless men who profit from chaos, disrupting security and exacerbating the system's hunger and despair. One battle stands out vividly. In the depths of space, as we engaged a group of heavily armed marauders, their ships swarmed us like vultures circling prey. Lumiel's precision flying saved us when the lead ship attempted to ram my shields, his laser fire cutting through its thrusters in a dazzling blaze. The explosion lit up the darkness, but the fight was far from over. My hull creaked under the strain of incoming fire, but in the end, our resolve and skill triumphed.

Despite the conflict, I managed to deliver several tons of supplies—food and water—to the people. The sight of desperate faces lightening with hope, even momentarily, reminded me why I fight. Yet, the journey back was no reprieve. My cargo hold attracted the attention of opportunistic raiders, their eyes set on the precious resources meant for the starving. The skirmish was brutal, their greed evident as they relentlessly tried to breach my ship.

Rumors abound of a black market trade in stolen food and water, with raiders doubling prices for desperate buyers. It sickens me to think that humanity's darkest instincts can flourish even in times of such dire need.

This day tested my endurance and my faith, but it also reaffirmed my mission. The people of G 109-55 are trapped between a tyrant's lies and the greed of those who prey on the vulnerable. I will not falter. As long as there is breath in my lungs and power in the Aurea, I will fight for their freedom and survival.

Commander Dheric Castrellon

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Data: 17 de Janeiro, 3309 Localização: Sistema G 109-55

Hoje, meus motores silenciaram na atmosfera metálica da Adams Landing, e fui recebido por uma visão que nenhum comandante deveria testemunhar: um povo fragmentado, perdido entre o desespero e a revolta. G 109-55, um sistema marcado por cicatrizes profundas, onde as promessas de prosperidade foram sufocadas pelo eco de um nome que agora assombra os confins do espaço: Vairus Mytros, líder de uma facção emergente e tirana, que se expande como um câncer pelo universo.

Mytros não empunha apenas armas, mas ideias envenenadas. Com discursos inflamados e palavras que seduzem as mentes desesperadas, ele planta a dúvida e fomenta a raiva. Ele divide o povo com uma narrativa de conspiração, “nós contra eles”, tornando amigos em inimigos e instigando uma guerra que ninguém pediu. A estação Adams Landing estava carregada dessa tensão. Pedidos de comida, roupas, e um clamor por esperança vinham de todas as direções. Senti o peso das demandas no ar, mas também o calor de um povo que, apesar de tudo, se uniu para me receber.

Entre os corredores sombrios da estação, descobri relatos de mercados clandestinos. Suprimentos básicos — água, comida — sendo negociados a preços exorbitantes, alimentando uma rede de saqueadores e oportunistas. Esses mesmos saqueadores infestam as rotas comerciais, interceptando carregamentos cruciais e lucrando com o sofrimento alheio.

A batalha começou quando eu e o Comandante Lumiel recebemos informações sobre um comboio de mercenários armados. Eles atacavam com brutalidade, sem qualquer código de honra. Suas naves eram rápidas e traiçoeiras, manobrando entre os destroços orbitais do sistema. Em um instante de silêncio antes do caos, Lumiel falou em voz firme pelo comunicador: “Não estamos lutando por glória, Dheric. Estamos lutando por vidas.”

No calor do combate, a Áurea se mostrou um reflexo da minha determinação. Lidar com três naves de ataque simultaneamente não foi fácil. Quando um míssil cruzou em minha direção, o sistema de alerta da Áurea brilhou como um sol na cabine. Com um desvio preciso, o projétil passou tão perto que senti o impacto vibrar pelas placas da nave. Girei em uma curva apertada, levando minha retaliação diretamente à liderança do esquadrão inimigo. Minha rajada atingiu o centro de propulsão da nave adversária, transformando-a em destroços. Lumiel, ao meu lado, finalizou os dois outros mercenários com precisão cirúrgica.

Após a poeira do combate, entregamos toneladas de suprimentos à estação, alimentos e roupas que haviam sido transportados de um sistema vizinho. O trabalho de carregamento foi rápido, quase desesperado, enquanto civis ansiosos se reuniam para receber o que fosse necessário. Seus olhares não pediam apenas sustento, mas um sinal de que dias melhores viriam.

A viagem de volta foi interrompida por saqueadores. Eles emergiram de uma nebulosa como fantasmas, tentando roubar o carregamento restante. Mas eu estava pronto. Com cada ataque, a Áurea dançava, respondendo com fogo de plasma que iluminava a escuridão do espaço. Os saqueadores foram repelidos, mas o peso da luta me lembrou o quanto esse sistema está afundado em ganância e desespero.

Hoje, carrego mais cicatrizes no casco da Áurea, mas também mais histórias de resistência e coragem. Este sistema é um campo de batalha onde não apenas armas são empunhadas, mas onde a dignidade e a esperança são disputadas a cada dia.

Por enquanto, a luta continua. E enquanto houver quem precise, estarei aqui, navegando entre as estrelas, levando mais do que suprimentos: levando a promessa de que o amanhã pode ser melhor.

Comandante Dheric Castrellon

Ship's Log 1 - Aurea

Date: January 14, 3309 Location: Ditia System

Leaving Cartoi was not an easy decision. I spent years adapting to that system, trying to come to terms with its peculiarities, its promises of stability. But broken promises cannot sustain a heart that seeks justice.

What started as whispers in the shadows — distorted internal politics, leaders using sweet words to mask their true intentions — quickly turned into something I could no longer ignore. The system that once defended freedom was now becoming everything I swore to fight against. That’s when I made my decision: Cartoi was no longer my home.

Today, Aurea rests in Ditia. A small system, but with its own light. Here, I found the New LFT 434 Free, a faction that gave me something Cartoi never could: true hope. A spark ignited in my heart when I saw their fight for a free future, for a more just universe. It was like looking into the reflection of the boy I once was, trapped in a broken home, but always believing there was something greater beyond the stars.

That spark soon found its purpose. On a silent night, as I watched the Earth globe gently spin on the dashboard, I realized I could do more. The fight is not confined to a system or a planet. It’s in every corner of the galaxy where lives are crushed by hunger, tyranny, and greed.

It was then that I met Commander Lumiel. He has the same fire in his eyes, the same determination to make a difference. Together, we decided our fight would begin in G 109-55.

G 109-55 is a battlefield, not by choice of its citizens, but by the imposition of mercenaries and tyrannical leaders seeking control of the system. Hunger is everywhere; supplies that should be reaching the colonies are intercepted and used as weapons of power. People are angry, confused, and the fragile line between democracy and chaos is fracturing.

Lumiel and I have a plan. It won’t be easy, and it certainly won’t be safe. But I know I have to do it. I can’t stand still while innocent lives are dragged into the darkness. If I can bring light, even if it’s small, it will be worth every risk.

Tomorrow, Aurea will depart with her hold loaded with supplies and weapons. Lumiel is preparing an alternate route to avoid blockades, and I’ll be ready to face anyone who tries to stop us.

The fight for freedom is an endless one. But, as long as I breathe, I will keep fighting. For Ditia, for G 109-55, and for all the voices that were never heard.

Commander Dheric

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Data: 14 de Janeiro, 3309 Localização: Sistema Ditia

Deixar Cartoi não foi uma decisão fácil. Passei anos me adaptando àquele sistema, tentando me acostumar às suas peculiaridades, às suas promessas de estabilidade. Mas promessas quebradas não sustentam um coração que busca justiça.

O que começou como sussurros nas sombras — políticas internas distorcidas, líderes que usavam palavras doces para mascarar suas verdadeiras intenções — rapidamente se transformou em algo que não pude ignorar. O sistema que antes defendia liberdade agora caminhava para se tornar tudo aquilo que jurei combater. Foi então que decidi: Cartoi não era mais meu lar.

Hoje, a Aurea repousa em Ditia. Um sistema pequeno, mas com uma luz própria. Aqui encontrei a New LFT 434 Free, uma facção que me deu algo que Cartoi nunca conseguiu: esperança verdadeira. Uma faísca acendeu em meu coração ao ver sua luta por um futuro livre, por um universo mais justo. Foi como olhar para um reflexo do garoto que eu fui um dia, preso em um lar despedaçado, mas sempre acreditando que havia algo maior além das estrelas.

Essa faísca logo encontrou propósito. Em uma noite de silêncio, enquanto observava o globo da Terra girar suavemente no painel, percebi que eu poderia fazer mais. A luta não está apenas em um sistema ou em um planeta. Está em todos os cantos da galáxia onde vidas estão sendo esmagadas pela fome, pela tirania e pela ganância.

E foi então que conheci o Comandante Lumiel. Ele tem o mesmo fogo nos olhos, a mesma determinação de fazer diferença. Juntos, decidimos que a nossa luta começaria em G 109-55.

G 109-55 é um campo de batalha, não por escolha dos seus cidadãos, mas pela imposição de mercenários e líderes tiranos que buscam controlar o sistema. A fome está em todos os lugares; suprimentos que deveriam chegar às colônias são interceptados e usados como armas de poder. As pessoas estão revoltadas, confusas, e a linha tênue entre democracia e caos está se rompendo.

Lumiel e eu temos um plano. Não será simples, e certamente não será seguro. Mas eu sei que preciso fazer isso. Não posso ficar parado enquanto vidas inocentes são arrastadas para a escuridão. Se eu puder trazer luz, mesmo que seja pequena, valerá cada risco.

Amanhã, a Aurea partirá com seu porão carregado de suprimentos e armamentos. Lumiel está preparando uma rota alternativa para evitar os bloqueios, e eu estarei pronto para enfrentar quem quer que tente nos deter.

A luta pela liberdade é uma luta sem fim. Mas, enquanto eu respirar, continuarei lutando. Por Ditia, por G 109-55, e por todas as vozes que nunca foram ouvidas.

Comandante Dheric